quarta-feira, maio 23, 2007

Acerca dos nossos vizinhos...


Sou portuguesa. De raiz. Não tenho uma única gota de sangue de qualquer outro país.

Adoro história. Mesmo!

E não nutro um especial carinho pelo povo espanhol.

Já me chamaram nacionalista e até já afirmaram que sofro de um complexo de inferioridade. Talvez tenham razão.
Mas por muito que digam, nunca vou ser capaz de olhar para Espanha com bons olhos. É triste, devo admitir. Mas... É mais forte que eu!

Acho-os tão... Emproados! E têm sempre aquele ar tão superior... E não se permitem a falar outra língua que não a sua... São inflexiveis!
Enfim, são tudo aquilo que eu odeio numa pessoa; mas pior, porque eles são quase 45 milhões!

Como pode alguém afirmar que, mais tarde ou mais cedo, vamos ser espanhóis?! Isso, meus amigos, é ir contra tudo aquilo que alguma vez fomos. É negar a descoberta do Mundo. É negar as gentes. É negar o fado . É negar a alma. É negar a lusitana paixão.

quinta-feira, maio 10, 2007

"Be happy all the time..."


"O desgosto e a alegria dependem mais do que somos do que daquilo que nos acontece."


Multatuli



sexta-feira, março 09, 2007

Porque é que não somos todos felizes, então?



"Most folks are about as happy as they make up their minds to be."


Abraham Lincoln


segunda-feira, fevereiro 12, 2007

"Nobre povo, Nação valente e imortal!"

Sim, sei que já muito foi dito acerca do nosso país. Do nosso atraso em relação a certos países da Europa. Da extrema ruralidade que ainda perdura. Mas eu pergunto: se não fosse assim... Seria o NOSSO Portugal?

Vejamos...

O "nosso" Portugal tem a sardinha no pão e o jarrinho de vinho. Se estivéssemos muito mais à frente comíamos sardinha de faca e garfo (o que acontece, efectivamente, mas sabemos que não é a mesma coisa!) acompanhada com duas batatinhas (inhas!) e um bróculozinho. O vinho era escolhido criteriosamente. O vinho carrascão, que deixa até o senhor mais bem constituído e melhor habituado, completamente... bêbado!, desapareceria.

No "nosso" Portugal, o ir ao mercado é uma aventura! As peixeiras gritam coisas imperceptíveis mas tão chamativas!... O cheirinho a peixe é... inundante. Mas quem é que não gosta de ver um peixe ser desventrado à sua frente?! (Hmm... Eu!)

Na praia ninguém tem sossego! Solidariedade cívica? Qual quê! "Eu fumo, logo posso deixar o cigarro onde quiser! E a praia é grande o fumo não incomoda ninguém!" Esta seria uma frase típica de um cavalheiro de bigode, barriga e shortzinho encarnado... Mas admitamos: a falta de cigarros na praia reduziria em muito a experiência que é apanhar conchas! O efeito surpresa (sim, porque conseguir uma concha no meio de tanto cigarro é uma verdadeira surpresa!) deixaria de existir e já não metia tanta piada.

Nos centros comerciais a expressão "Com licença" não existe. É tudo ao empurrão. O que não deixa de ser bom.. Porque assim uma pessoa nunca se sente sozinha! Há sempre alguém a roçar-se em nós e, até!, a chamar-nos nomes!

As escolas do "nosso" Portugal são outro factor caracterizante: a Matemática é um inferno (mesmo quando é só 1+1=2 ...), o Português idem. E os meninos têm SEMPRE razão. E, por isso, sentem-se no direito de arrear nos professores! E é porrada de três em pipa! Mas isto vem ajudar a outro lema bem Português: "coitadinhos do professores!" (realmente, com uma Ministra da Educação como esta.. Coitadinhos do professores, dos alunos, dos funcionários...)

Maria, Ana e Mariana são as melhores amigas das mulheres portuguesas. É que basta ir num comboio da linha de Sintra para ver que, em 10 senhoras 9,5 estão a ler uma destas revistas (o meio é porque uma delas vai a ler o 24Horas, pelo que só conta por 0,5). Mas também é compreensível: onde é que se conseguem pormenores sexuais e resumos de novelas tão pormenorizados?!

Por fim, penso que é necessário frisar o papel da televisão portuguesa no "nosso" Portugal; a televisão pública é... intelectual (?!), pelo que tem pouca adesão por parte do povo português. A SIC tem o seu grande trunfo nas telenovelas brasileiras: as senhoras são fãs! Mas é a TVI que melhor passa o espírito de entreajuda, de... pena! que o povo português consegue demonstrar. Pois não há dia que passe sem que haja uma história dramática! E toda a gente ajuda! Fantástico!

Enfim... O "nosso" Portugal pode ser ainda muito rural... Bairrista e pouco culto, até.


Mas é nosso.


terça-feira, janeiro 30, 2007

The nature fascinates me but I…

Não gosto desta altura do ano. Depois da agitação do Natal e do Réveillon, segue-se um Janeiro enorme, frio e chuvoso. Até neve cai em Lisboa!

A população em geral também não me parece que goste muito. O tom acizentado da face deixa transparecer o desconforto desta altura do ano. Sim, é verdade: andamos todos com um ar macilento, descontente, ansiando pela Primavera.

A Primavera... A estação perfeita (lá para inícios de Junho). Podemos ir à praia e apanhar sol, sem termos de estar a cada cinco minutos dentro de água; podemos passear pela praia descalços sem correr o perigo de queimar a planta dos pés; já não temos de aturar o vento frio, mas sim a brisa suave; o frio foi-se, mas o calor esturricante e, definitivamente, incomodativo também ainda não chegou; a chuva, essa, só nos visita de vez em quando (muito de vez em quando!).

Enfim... Nunca mais é Primavera!

sexta-feira, janeiro 26, 2007

"Tu, só tu..."

"Tu, só tu, puro amor, com força crua,

Que os corações humanos tanto obriga,

Deste causa à molesta morte sua,

Como se fora pérfida inimiga.

Se dizem, fero Amor, que a sede tua

Nem com lágrimas tristes se mitiga,

É porque queres, áspero e tirano,

Tuas aras banhar em sangue humano.


Estavas, linda Inês, posta em sossego,

De teus anos colhendo doce fruito,

Naquele engano da alma, ledo e cego,

Que a fortuna não deixa durar muito,

Nos saudosos campos do Mondego,

De teus fermosos olhos nunca enxuito,

Aos montes insinando e às ervinhas

O nome que no peito escrito tinhas."

Os Lusíadas


Porque quem me tira o Camões tira-me tudo. Particularmente este episódio, o de Inês de Castro. Ainda mais particularmente, estas duas estrofes.



Bom fim de semana

sexta-feira, janeiro 19, 2007

"Apocalipse Now"

Hoje de manhã disseram-me que o Apocalipse estava dois minutos adiantado. Ora, logo pela manhã ouvir uma notícia deste género não cai bem a ninguém. Ainda para mais quando essa notícia é destituída de qualquer tipo de explicação. Foi só: "O Apocalipse está dois minutos adiantado." Passei a manhã a matutar no assunto. Que o Mundo caminha cada vez mais rápido para destruição tudo bem, já sabia. Mas sempre pensei que esse caminho já estivesse matematicamente traçado (através de um modelo exponencial, claro está...!). E já agora, outra questão com que me deparei: dois minutos na história do Mundo são mesmo dois minutos?

Mal tive a oportunidade vi a notícia, por completo. Afinal, não é o Apocalipse "fim da Terra" que aí vem... Mas a situação não melhora. Os dois minutos adiantados no "Relógio do Juízo Final" (criado em 1947 para simbolizar os riscos das armas nucleares para a humanidade) deixam-nos agora a 5 minutos da meia-noite, ou seja, à beira de um holocausto nuclear!

Enfim, a situação em que nos encontramos não é das melhores. Esperemos que o relógio não seja suíço.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

"No princípio criou Deus os céus e a terra." Eu só quero criar um blog.

Ora... Se toda a gente tem um blog porque não eu também? Afinal também sou gente...! Parece que hoje em dia é essencial, não é? Então... Vou embarcar nessa aventura também.

Parece-me pertinente explicar o nome do blog. Ou não? De qualquer forma: o blog chama-se "Armas Inimigas" porque... bem... porque a imaginação era pouca e um livro de História estava mesmo aqui em frente... (Começo bem, hein?) Mas hoje em dia faz sentido. Estamos rodeados por armas inimigas... Mais do que nos apercebemos.

Expectativas para este blog? Dar a minha opinião. Ler a dos outros. Descobrir. Mas primeiro que tudo... Mantê-lo!

Espero sinceramente que este projecto tenha futuro. A todos aqueles que por aqui passarem Bem-vindos! A todos aqueles que, eventualmente, acabarem por comentar o meu Bem-haja!