'Enganava-se a Rosa-chá quando pensava que o Gato Malhado vivia solitário e não tinha nada no mundo. Bem ao contrário, ele tinha um mundo de recordações, de doces momentos vividos, de lembranças alegres. Não vou dizer que fosse feliz e não sofresse. Sofria, mas ainda não estava desesperado, ainda se alimentava do que ela [a Andorinha Sinhá] lhe tinha dado antes. Triste no entanto, porque a felicidade não pode se alimentar apenas das recordações do passado, necessita também de sonhos do futuro.'
'O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá - uma história de amor', Jorge Amado
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